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Você sabe o que você come?

Se você ainda não leu o último texto, eu te aconselho primeiro clicar aqui e fazer a leitura, já que este é uma continuação...

E depois de refletir um pouco sobre ele, avalie: se alguma vez você já tentou fazer leitura de alguns rótulos de alimentos isso foi uma tarefa fácil? Pense sobre a lista de ingredientes (quantidade de ingredientes, tamanho das letras, cores e desenhos da embalagem) e a tabela com as informações nutricionais. Você tenta entender? É fácil? É difícil? Nem tenta porque acha complicado? Ou nunca pensou sobre isso?

O fato é que você tem liberdade para escolher o que quiser, desde que aquilo seja realmente sua escolha, desde que não esteja sendo enganado pela publicidade (frases da embalagem e propaganda) do alimento. Somente estando bem informados sobre o alimento escolhido podemos decidir conscientemente entre comprá-lo ou não.

Quando pensamos em alimentos industrializados (embalados) a principal maneira de entender do que ele é feito é através do rótulo. Pelas minhas perguntas do início você pode refletir se essa rotulagem aqui no Brasil consegue ser clara, fazendo com que todos os consumidores possam saber realmente o que estão comendo.

Os alimentos muito industrializados (chamados ultraprocessados) são, basicamente, aqueles feitos totalmente ou principalmente de óleos, gorduras, açúcar, outras substâncias derivadas ou constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, saborizantes e vários tipos de aditivos químicos). Essas substâncias podem estar presentes em qualquer grupo alimentar (iogurtes e queijos, pães e biscoitos, sucos, pratos prontos congelados) ainda que na embalagem haja alegações como "light", "sem adição de açúcar", "integral", etc.

No ano passado o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram e apresentaram para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) um novo modelo de rotulagem. Essa proposta prevê algumas mudanças que são:

  • incluir nos produtos com excesso de algum nutriente crítico para a saúde um selo na frente da embalagem sinalizando esse excesso;

  • proibir a publicidade para os alimentos com esse selo;

  • tornar as informações nutricionais mais legíveis (com tamanho e tipo de letra específicos, fundo branco);

  • informação do número de ingredientes no título da lista, com fonte legível e padronizada, e junção dos ingredientes semelhantes (como açúcares);

  • incluir na parte da frente da embalagem de ingredientes culinários, como óleo vegetal, sal, açúcar e gorduras, frases de advertência sobre o uso moderado.

A Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável é uma organização da sociedade civil que realiza e fortalece ações coletivas que contribuem pela realização do Direito Humano à Alimentação Adequada. É formada por profissionais, associações e movimentos sociais. Essa organização tem realizado uma forte campanha em apoio a essa proposta de rotulagem e coletando assinaturas para a petição que será entregue à ANVISA.

Para entender melhor você pode clicar aqui. E para assinar pelo seu direito de saber o que come clique aqui.

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