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Você sabe comer com satisfação? Parte 2

Se você ainda não leu a primeira parte deste texto, veja primeiro aqui.

E, continuando...


Células – o corpo tem sua própria sabedoria e pode nos dizer muito sobre o que necessita se soubermos escutá-lo. Ele pode indicar que tem fome através de sintomas como dor de cabeça, vertigens, irritabilidade, súbita perda de energia e exaustão. Um exemplo é quando, por algum motivo, restringimos muito todos os tipos de carboidrato da nossa alimentação e então passamos a ter muito mais vontade de comer doces (carboidratos "emergentes", fonte de rápida absorção para as células). Podemos tentar enganar nosso corpo, mas ele não nos engana. Com a consciência alimentar podemos nos tornar mais sensíveis para a fome celular e aprender a separar o que realmente o corpo necessita do que a mente pede.

Mente – muitos livros sobre dieta alimentam a fome mental. Muitas vezes ela se baseia em extremos e opostos: comida boa contra comida má, o que se pode comer contra o que não se pode. Podemos nos convencer a gostar ou desgostar de certas comidas baseando-se em informação falsa sobre “é mais saudável” ou “não é saudável”, por exemplo. Vencer essas crenças traz leveza e mais prazer com a alimentação.

Coração – alguns alimentos se tornam importantes pela emoção que nos trazem. A fome desses alimentos pode surgir do desejo de se sentir amado e cuidado. Mas, essa fome também pode vir do desejo de preencher um vazio que não está no estômago, mas no "coração". A maioria das relações desequilibradas com os alimentos são causadas pela fome do coração. Nesse caso, precisamos entender que o vazio do coração não pode ser preenchido com comida. Podemos aprender a satisfazer o coração junto com as outras necessidades, mas saber reconhecer quando for preciso trabalhar a emoção sem usar a comida.

Audição - alguma vez já te falaram sobre um prato muito bom de um restaurante e depois disso você decidiu ir lá comer essa preparação? Ou já te descreveram uma comida que você nunca experimentou, mas os detalhes de sabor, textura, aparência, cheiro te deram água na boca e você ficou curioso para provar? Pois é, ouvir sobre comida também nos desperta um estímulo para comer. E explorar essa audição enquanto você mastiga, por exemplo, pode aumentar seu nível de atenção e prazer.

Quando praticamos Mindfulness e Mindful Eating desenvolvemos a capacidade atender com atenção a essas necessidades e aumentar nosso nível de satisfação a cada pequeno pedaço de comida. E então, gostou de conhecer essa maneira prazerosa de lidar com a alimentação? O que é comer com prazer para você?


Um abraço com carinho e atá mais!







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